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Rodrigo Kallas & Elson Teixeira

Criatividade: ousadia e competência



Seja muito bem-vindo-vindo (a) a primeira Coluna aeroportuária da América Latina: COMPETÊNCIA & GESTÃO.


Neste artigo vamos em busca de um elemento vital para novas conquistas: CRIATIVIDADE!

Esperamos que curta e que seja produtivo para o seu negócio.


Muitos de nós conhecemos alguém genial, uma pessoa tremendamente criativa e que vive nos surpreendendo com “tiradas” inteligentes e inusitadas, com soluções inesperadas ou com “invenções” das mais interessantes. São aquelas pessoas que dão um colorido especial à vida e vivem “aprontando as suas” para a satisfação geral da galera.


Invejados por alguns, censurados por outros, mas amados pelo mundo, os “criativos” com certeza estão muito mais perto de Deus do que os demais humanos. Afinal de contas, são eles que mais usufruem da herança divina de criar, inovar, inventar, transformar; são eles que, ao longo da história, têm mudado a rota do óbvio, distribuindo prazer, conforto, segurança e felicidade para a humanidade.


Muito se têm estudado a questão da criatividade e inúmeras são as ideias que se têm sobre o como este “espírito” se manifesta na vida de um simples mortal. Mas, de concreto mesmo, pouco ainda se pode afirmar. E, deste pouco, relacionamos dois princípios fundamentais:


1- A liberdade para pensar é propícia à manifestação do espírito criativo


Bertrand Russell, matemático e filósofo inglês (1872-1970), e Prêmio Nobel de Literatura em 1950, declarou certa vez que suas melhores ideias sempre surgiam enquanto dormia. Chegou mesmo a afirmar que toda vez que se deparava com um problema de difícil solução, estudava-o cuidadosamente e ia dormir. Não tinha uma explicação plausível para o fato, mas que seus sonhos sempre traziam boas novidades a respeito do problema, isto era tiro-e-queda. Bertrand Russell, inclusive, pregava sua experiência prática, sugerindo aos seus amigos que confiassem mais nos sonhos e se entregassem às sestas de depois do almoço com mera “pretensão científica”.


Com Thomas Edison (1847-1931) a coisa funcionava mais ou menos da mesma forma. Sem ser uma pessoa muito disciplinada em termos de horários, Edison, vez por outra, deixava seus afazeres de lado e ia, simplesmente, dormir. Perguntado sobre este procedimento tão pouco convencional, disse que aquela atitude era apenas uma “técnica” para encontrar soluções ideais. Enquanto dormia, seu cérebro processava os dados com mais liberdade e deixava a ideia prontinha para a hora em que acordasse. Se alguém duvida da eficácia da sua técnica, recomendo consultar o Departamento de Patentes dos Estados Unidos.


A literatura registra mais alguns casos semelhantes e que nos deixam a nítida sensação de que um cérebro livre para pensar é o “terreiro” mais propício para que o espírito criativo se manifeste.


É melhor ter muitas ideias para algumas delas estarem erradas, do que estar sempre certo por não ter ideia nenhuma.” — Edward de Bono


2 - O espírito criativo precisa de “substância” para se manifestar


O nosso cérebro é um imenso e complexo arquivo de dados. Nele estão engavetadas todas as nossas experiências, informações adquiridas, emoções vividas ou apreendidas, enfim, toda a história dos nossos sentidos, do nosso raciocínio e da nossa imaginação.


Quando precisamos, e precisamos a toda hora, recorremos a estes arquivos e processamos o “estímulo” que está nos motivando a pensar. Só que nem sempre encontramos nessas gavetas aquilo que estamos procurando. A quantidade e a qualidade das informações apreendidas é que permitem a “associação inteligente” das ideias. Se não sabemos o significado de determinada palavra, não podemos raciocinar sobre ela. A sensação é a mesma de uma criança que é levada a estudar as quatro operações matemáticas sem antes ter aprendido a contar. O Cérebro precisa de “substância” para poder “processar” mais e melhor.


Um músico excepcionalmente criativo em sua arte poderá ser um fracasso em mecânica, em pintura, ou mesmo jogando futebol. A sua genialidade no domínio das notas musicais não é emprestada à matemática, à física ou a qualquer outra ciência.


Einstein, por exemplo, era apaixonado por música. Tentou mesmo aprender violino, mas como músico foi um verdadeiro fracasso. O seu talento e a sua genialidade estavam direcionados para outro caminho, e não para a estrada de Paganini.


O que se sabe hoje em dia a respeito de criatividade é que ela é sempre bem específica. As pessoas desenvolvem talentos a partir de uma paixão, e havendo reciprocidade, estes talentos afloram como parceiros fiéis. Mas é fundamental haver esta reciprocidade.


Quantas pessoas são apaixonadas por futebol e, no entanto, mal conseguem chutar uma bola? Quantas são apaixonadas por música (tal como Einstein) e não conseguem distinguir um ré-menor de um dó-maior? Elas são apaixonadas, mas não são correspondidas.


Não há uma técnica específica para se forjar gênios, mas há inúmeros recursos para se “adubar” as potencialidades humanas. E uma delas é dar ao cérebro, exatamente, a “substância” que ele gosta de receber.


Agindo assim, embora não possamos afirmar que estamos criando um gênio, podemos garantir que não estamos cerceando o seu potencial. Com as gavetas cheias daquilo que o homem gosta de pensar, a única certeza que podemos ter é a de que ele há de pensar melhor. E isto já é uma grande coisa, não é mesmo?


www.competenciaegestao.com



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