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  • Rodrigo Kallas & Elson Teixeira

“PROVERBIANDO”: A primeira impressão é a que fica

Atualizado: 15 de jan.

Por: Rodrigo Kallas e Elson Teixeira


Seja muito bem-vindo(a) à Coluna COMPETÊNCIA & GESTÃO





O tema retrata o provérbio que alerta sobre a necessidade do zelo que devemos ter com a nossa imagem. Esperamos que CURTA e que sirva de inspiração para a sua semana.

Provérbio muito utilizado, e evidência o zelo que devemos ter com a nossa imagem: A primeira impressão é a que fica.


A primeira impressão é formada em menos de 6 segundos, constituída por 3 pilares da comunicação: comunicação verbal e não verbal ocorrida entre as partes, paradigmas de quem está sendo impressionado e aspectos emocionais da circunstância. Quando a imagem é bem construída, ela é responsável por abrir portas, gerar oportunidades e fazer você ficar registrado na mente do seu interlocutor. Por outro lado, uma primeira impressão negativa se torna muito difícil reverter.


Observem algumas considerações curiosas:


— Xadrez é visto como um jogo de pessoas inteligentes, mas poucas pessoas jogam xadrez. Assim, uma pessoa que jogue xadrez é vista como alguém inteligente, mesmo que seja um “aprendiz” dos tabuleiros.


— Uma pessoa sai de casa todos os dias, invariavelmente, com um livro embaixo do braço. Às vezes não passa de palavras-cruzadas e passatempo, mas, é certamente vista como alguém culto ou, no mínimo, estudioso. Logo ganha o rótulo de intelectual.


— Uma pessoa que a natureza não privilegiou com beleza, podemos até dizer muito feio, vem pela rua quando para um carro, desce uma mulher que chama atenção de quem está perto por sua beleza, se dirige ao indivíduo para pedir uma informação. Educada, gentil e simpática, a mulher, rapidamente, troca algumas palavras com ele e, justo nessa hora, passa um companheiro do “sortudo” que vê a cena. Pode ter certeza de que, quando o nosso amigo “feio” se encontrar com as pessoas que testemunharam a cena, será recebido como “o conquistador”. E terá sempre alguém pronto para atestar que ele pode ser feio, mas tem um papo genial!


Nenhuma das situações acima retrata a verdade. O jogador de xadrez não é tão inteligente, o intelectual não tão culto como foi rotulado e nem o “feio” é bom de conversa. Mas foram estas as imagens que ficaram. E depois que se fixam na consciência alheia, são difíceis de modificar.


Voltemos ao nosso provérbio: A primeira impressão é a que fica!


Esse raciocínio nos alerta para o extremo cuidado que devemos ter com a imagem que aparentamos, já que os outros raramente têm acesso ao que somos na realidade.


Nós não temos a segunda chance de imprimirmos a primeira boa imagem!


Quando falo em “imagem que aparentamos” não estou falando especificamente de “elegância”. Uma pessoa que se veste bem passa realmente a imagem de distinção, de que é uma pessoa bem de vida, etc. A imagem que precisamos aparentar é aquela que melhor se coaduna com os nossos interesses.


Um médico, independentemente da competência e qualificação, precisa passar uma imagem de seriedade, tranquilidade e confiança ao paciente. Já um comandante de aviação tem que aparentar, no mínimo, ser uma pessoa fria, metódica, calculista e muito inteligente. Imaginem o comandante que vai nos levar a Paris comentando, na nossa frente, que “errar é humano”! Acredito que muita gente desistiria dessa viagem.


Já disse, em outro artigo publicado, que 80% do que os outros sabem ou pensam a nosso respeito, vem da nossa imagem, do invólucro, da embalagem. Mas isso não quer dizer que estou fazendo apologia à superficialidade, não! Isto é apenas uma constatação.


É claro que se alguém passar uma imagem falsa de competência, mais cedo ou mais tarde pode e deve pagar o preço desta imprudência e ainda vai ganhar uma péssima fama profissional. O importante é saber que outros sempre assumem como verdade as nossas evidências imediatas. Só depois, dependendo ou não da necessidade de aprofundar essa relação, é que somos “dissecados” com um pouco mais de rigor. Porém, todo juízo que seguirá, será fundamentado nas primeiras evidências.

Os valores subentendidos


Quando entramos em uma galeria de arte e vemos alguém parado diante de uma tela de Matisse, compenetrado, como se estivesse examinando minuciosamente cada detalhe da obra, julgamos tratar-se no mínimo de um expert em artes plásticas. Da mesma forma, quando passamos pela porta de um auditório onde um cientista está proferindo sua palestra, em inglês, para uma plateia de pessoas circunspectas, pressupomos de todos ali sabem inglês, que todos são ou devem ser intelectuais voltados para aquela área. Pode não ser nada disso, mas é a imagem que assimilamos de imediato. Estes são dois casos típicos de “correspondência de imagens”.


Pela própria natureza da nossa mente, costumamos associar ideias a fim de encontrar explicações plausíveis para as coisas que acontecem ao nosso redor. Um homem caído na calçada, certamente está passando mal ou é mais um brasileiro em situação de rua necessitando de ajuda. Bem, pelo menos estas são as imagens imediatamente associadas.


A imagem das pessoas, mesmo num relance, passa por este tipo de associação. Uma pessoa bem-vestida, está bem de vida; uma pessoa lendo Un manguer d’opium, de Baudelaire, em francês, é um intelectual; um homem de branco, num hospital, com um estetoscópio pendurado ao pescoço, é um médico. A associação imediata é inevitável. De posse deste tipo de informação, qualquer um pode projetar a imagem com a qual quer ser associado imediatamente. Resta somente saber se tem ou não condição de mantê-la nas situações subsequentes.


Agregando valores


Todos conhecem aquele velho ditado que diz “quem conta um conto, aumenta um ponto”. Pois creiam que não resta a menor dúvida quanto a isto. Principalmente quando se trata de passar uma imagem adiante. Todos, com certeza, já devem ter percebido a preferência dada nos balcões de atendimento às pessoas engravatadas, não é mesmo? É um fenômeno tipicamente cultural, mas que funciona sempre. E se falar algumas palavras difíceis, então... É a questão do valor subentendido.


Ocorre que, muitas vezes, essa imagem positiva precisa ser transportada e aí, quase sempre, há uma agregação de valores. E isso acontece porque, agregando valores, valorizamos a nossa própria imagem. Quando a primeira imagem, contudo, não provoca uma associação positiva, vemos exatamente o contrário e, não raro, pode a imagem do cidadão ser levada ao nível do suprassumo do rebaixamento, tornando o cidadão em questão inferior às qualidades que possui. Os cuidados, portanto, com o primeiro impacto são fundamentais. Apenas reforçando: A primeira impressão é a que fica!


Todas essas ponderações nos levam a refletir sobre a importância de causar uma boa primeira impressão, mas sem renunciar à verdade, da essência de cada um de nós. A autenticidade de cada pessoa é o que faz a diferença, ainda que em algumas situações necessitemos causar uma melhor impressão. Quando falamos em impressionar, um aspecto importante é demonstrar segurança.


A segurança pode ser transmitida quando falamos com clareza, quando permitimos interações, mostramos atenção e amor pelo que fazemos. A comunicação não-verbal é implacável neste aspecto porque até a debilidade da voz pode sugerir ao ouvinte que estamos inseguros. E sim: todos usamos essas mesmas estratégias para realizar julgamentos.


A dica de ouro é o autoconhecimento. Dedique-se ao seu desenvolvimento pessoal, ao aprimoramento contínuo e, principalmente, se permita fazer interações sociais para que suas ferramentas pessoais possam ser testadas e aperfeiçoadas. Em outras palavras, se relacione. Afinal, a única forma de usufruir da vida é vivendo. Não é mesmo?



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