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  • Rodrigo Kallas & Elson Teixeira

Conhecendo e superando seus limites

Atualizado: 8 de ago. de 2023



Costuma-se dizer que o homem só se encontra na vida quando descobre os seus limites. Enquanto sua mente não tem certeza e se conscientiza, ele perambula pelo destino, feliz da vida, mas sem a certeza das suas conquistas. É como se ele estivesse andando no meio do deserto: para qualquer lado que se ande não se chega em lugar nenhum.


as suas conquistas. É como se ele estivesse andando no meio do deserto: para qualquer lado que se ande não se chega em lugar nenhum.


É preciso esbarrar com a verdade e experimentar uma tomada de consciência sobre as fraquezas, inseguranças, medos e incapacidade. Só a partir daí se terá uma bússola que guiará os passos para um destino seguro.


Em geral, o nosso ego é meio enigmático. Ele nos contenta com a visão de um castelo onde nós somos os soberanos e de cuja torre observamos um lindo horizonte sem fim. É uma paisagem mágica, porém frágil como lâmina de vidro. Quando descemos da torre perdemos um pouco do horizonte, é bem verdade, porém vemos o chão mais de perto, vemos as pedras do caminho, porém temos o mundo a nossos pés.


As duas imagens do homem


Há, de uma forma inconsciente, uma relação malvada entre “fraqueza” e “pecado”, e é justamente esta relação que provoca aquela névoa que obscurece nossa consciência e alimenta nossas vaidades. Recusamo-nos a ver nossas fraquezas para prestigiar a nossa autoimagem. Desta forma, ninguém gosta de se aceitar como incompetente, preguiçoso, negligente, covarde, etc. Mesmo que sejam estas características evidentes da personalidade. Na imagem que temos de nós mesmos, não há sequer indícios destas fraquezas.


Só que homem não tem uma única imagem, como julga ter. Ele tem, no mínimo, duas:


— A imagem que ele tem a respeito de si próprio;

— A imagem que os outros têm dele.


Como são imagens vistas sob óticas diferentes, elas podem se tornar absolutamente incompatíveis e refletir duas verdades bem diferentes. E, comparando as duas, podem ocorrer situações como estas:


Você é, mas os outros não estão vendo que você é;


Você não sabe que é, mas os outros sabem que você é;


Você não é, mas os outros pensam que você é;


Você pensa que é, mas os outros sabem que você não é.


Somente uma tomada plena de consciência pode “empatar” estas duas imagens: a que você projeta e a que os outros percebem. Assim sendo, comece investigando com imparcialidade:


— Você tem certeza de que é o que pensa ser?


— Quais são suas maiores deficiências? Culturais? Éticas? Estéticas?


— Seus ideais são claros? Você tem se esforçado suficientemente para alcançá-los?


— Você se acha competente para conseguir o que pretende?


Ponha tudo no papel. Tente ser extremamente rigoroso com você mesmo. Não tenha autopiedade. Depois procure no quadro, abaixo, cinco características que você tem certeza de que compõem a sua personalidade:


GENEROSIDADE - COMPANHEIRISMO - SIMPATIA - PREGUIÇA PONTUALIDADE - ELEGÂNCIA - INTELIGÊNCIA – INTOLERÂNCIA FALÁCIA - CRUELDADE - PICARDIA - EMPATIA – IRRITABILIDADE - ANTIPATIA - AMBIÇÃO - INVEJA - VAIDADE – RECEPTIVIDADE - MEDO - TIMIDEZ - ARROGÂNCIA - ORGULHO - POUCA CULTURA - RANCOR - ALTRUÍSTA - HONESTIDADE - FIDELIDADE - OSTENTAÇÃO - SIMPLICIDADE - SUBSERVIÊNCIA – INDECISÃO


Se você assinalou duas ou mais características chamadas “positivas”, suspeite da sua avaliação. Nós temos o hábito de sermos tolerantes demais com nós mesmos e, na tentativa de preservarmos a autoimagem, costumamos “compensar” as nossas fraquezas, mesmo fazendo o teste em silêncio e absolutamente a sós. Assim sendo, volte então ao teste e substitua as “virtudes” assinaladas por “defeitos”. Seja um pouco mais sensato.


Por uma questão basicamente de tradição cultural, habituamo-nos a dividir as características da personalidade em dois grupos: as virtudes e os defeitos. Assim sendo, achamos que honestidade é uma virtude enquanto preguiça é um defeito. E ninguém, por mais justo que seja numa autoavaliação, gosta de admitir que está mais para lá do que pra cá. Pois é justamente esta visão que deve ser reestruturada.


A preguiça, pode ser, um problema de saúde, de carência vitamínica, de desequilíbrio hormonal, ou de absoluta falta de motivação. Não é um defeito; é uma contingência. Da mesma forma que honestidade também não deve ser vista como virtude. Ser honesto é tão simplesmente obrigação de cada um.


Indo mais profundamente, vamos ver que estes “defeitos” e “virtudes” o são muito mais por contingência do que por natureza. E, se são contingências, é porque há causas deflagradoras. O problema é que recebemos, como herança cultural, todo um quadro maniqueísta que é intolerante e inflexível por natureza. E é muito difícil brigar contra esta herança.


Acrescentando o tema sucesso nesta reflexão, podemos afirmar, sem medo de errar, que o sucesso é decorrência da vontade somada à competência e à persistência, a conclusão então que ele é acessível a todos. As três parcelas desta “adição” são contingências, portanto, podem ser deflagradas.




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