ESTAMOS EM CRISE, REDUZA A VERBA DE MARKETING!
“A empresa, que resolve parar de fazer publicidade até que as coisas melhorem, verificará que aquela que não parou de investir em marketing estará tão adiante que será dificilmente alcançada”.
Esta é a história de um homem que possuía uma pequena chácara à beira da estrada onde tinha uma criação de frangos.
Os frangos, assados pela sua mulher, tornaram-se em pouco tempo os mais famosos do pedaço.
Ele viu poder transformar aquilo em um excelente negócio. Reformou a fachada casa, colocou algumas mesas ao ar livre, mando fazer um grande painel em neon na frente.
A frequência se tornou grande e seu lucro só aumentava, o negócio crescia a cada dia.
Buscando bom posicionamento, colocou em diversos pontos da estrada cartazes indicando: “Frango assado, o mais delicioso da região”.
O negócio ia tão bem que o homem pode colocar seu filho nas melhores escolas, e mais tarde, mandou-o para a Universidade.
Quando o filho voltou já formado, disse ao pai:
- “Papai, o país está atravessando uma série de crises: problemas políticos, econômicos, problemas deixados pela Covid19, volta da inflação, alta da energia elétrica, acho melhor começar a fazer economia se quer que o negócio permaneça”.
E o filho recomendou:
“É melhor não acender mais o display de neon, é preciso economizar luz”.
Com essa medida a frequência foi diminuindo, verificaram que algumas mesas ficavam vazias e decidiram retirá-las. Poucas semanas depois quase não restavam mais mesas.
Os motoristas continuavam passando pela estrada, mas não sabiam que naquele lugar comia-se um delicioso frango assado. Assim foi indo até que nenhum negócio foi realizado no local.
Analisando o que sobrou e comparando com o que um dia foi o restaurante, vendo o neon apagado e corroído, os cartazes jogados à beira da estrada, o homem viu como seu filho era inteligente e como pode, com tanta antecedência, prever o caso.
É… meu filho tinha razão, a crise foi feia mesmo!
Enquanto isso, muito outros negócios de frango assado, não tão bons quanto aqueles, prosperavam porque seus donos “não sabiam que a crise ia chegar tão forte”.
DE FATO o setor de marketing é indispensável para qualquer empresa, independente de área de atuação, se é orientada para serviços ou produtos, não importa também região, número de funcionários, porte, faturamento, enfim... marketing é indispensável a tudo e a todos!
Há pessoas que dizem não gostar da área ou até mesmo não ter interesse, formação, conhecimento ou informações mercadológicas. Mesmo essas são afetadas a cada instante pelo marketing, seja vendo TV, ouvindo o rádio no carro, distraidamente olhando a janela e se deparando com um outdoor, busdoor, vendo um simples cartaz colado inadequadamente em um muro divulgando um show, conversando com alguém e escutando críticas ou opiniões sobre um candidato a algum cargo político, e até mesmo quando estão com o celular em mãos navegando por redes sociais ou explorando os recursos do mundo cibernético. TUDO isso é marketing! Alguns elaborados de forma técnica, elegante e ética, outros simplesmente comunicando de maneira empírica.
O mais curioso ainda é analisar o mercado de trabalho deste indispensável setor, pois este se faz necessário em qualquer circunstância. Porém, quanto mais conturbado o país vive, seja impactado por problemas políticos, econômicos, financeiros, alta de inflação e tantos outros transtornos, mais necessário se faz para a empresa divulgar sua marca, seus produtos ou serviços.
A razão é muito simples: “QUEM É NÃO É VISTO NÃO É LEMBRADO”
Como exemplo prático desta narrativa apresento o case da indústria automobilística que tanto foi afetada pela crise desencadeada pela pandemia do Covid-19 e ainda amarga graves prejuízos. Muitas montadoras foram obrigadas a reduzir turnos de trabalho, realizar acordo coletivo para diminuição de hora trabalhada e consequentemente folha salarial.
Nos últimos 2 anos houve redução de emplacamento de carros 0 km; a Ford Motors saiu do país, de fato um sério problema! Mas, na contramão de tudo isso, quando estamos vendo TV no horário do comercial, o que mais assistimos são propagandas de carros: Toyota, Honda, GM, Renault, Nissan e destaco o posicionamento alcançado pelo Tiggo – CAOA Chery. Cada uma destas marcas com campanhas belíssimas, bem produzidas, com características de filme de cinema. Diante deste quadro fica a pergunta: se o cenário está tão ruim para o setor, como justificar tanta propaganda?
Muito simples a resposta: pior ficará se o público não souber o que a empresa está fazendo.
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